segunda-feira, 31 de outubro de 2011

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De nada.

Os 5 melhores beijos que eu não dei


004

. 2001 / O ônibus chegou na rodoviária com duas horas de atraso. A chuva já vinha de longe, e mesmo ali não dava sinais de cansaço. Agora éramos dois desconhecidos, a cidade e eu. Como dois estranhos numa sala de espera sem revistas ou jornais de ontem. Não sabíamos por onde começar uma conversa. Eu querendo saber onde tu estavas, mas sem jeito de perguntar pra tua cidade, que também parecia não dar muita bola pra mim, sei lá, a chuva continuava forte, ignorando meus sonhos, contigo num vestido de flor, comigo sem-vergonha. Olhei mais uma vez pra cima, pros pingos que apareciam aos montes depois das luzes dos postes. E não percebi quando você me puxou pelo braço: Ei, nem tá chovendo tanto, assim, vai. Sei que você é doce, mas também não é feito de açúcar, vem!!! Mas eu estava derretendo, sim. Então corri mais rápido e parei na sua frente, e te cingi nos meus braços e boca.

005

. 1994 / Meus óculos estavam quebrados há dias. Tive que apelar para o meu melhor amigo, o Nando. Foi ele quem ficou ao meu lado na esquina, esperando para me dar o sinal assim que ela surgisse lá no fim da rua. Ele foi embora correndo e eu fiquei ali, com meia dúzia de rosas sem embrulho numa mão, e algumas cartinhas recheadas de versos tortos e rimas desajeitadas, escritas durante as muitas noites em claro ao som daquela banda inglesa. Ela apareceu e mal dei tempo dela completar um sorriso ou um ‘oi’. Estendi as mãos, expondo aquele monte de cores e cheiros e letras manuscritas. O sorriso dela (e o meu, oras) ficou nervoso, desconcertado, perguntou o porquê daquilo e o cadê dos meus óculos. Eu não me permiti resistências e tasquei “é melhor que eu não te enxergue a todo instante ou vou acabar roubando um beijo”. Ela ofereceu a mão direita fechada, com o dedo indicador me apontando “quer minha arma emprestada?”

002

. 1985 / Era um circo, daqueles bem grandes. Era feito de malabaristas habilidosos e palhaços engraçados, leões ferozes e elefantes pesados, fantasmas engarrafados e dragões num bujão de gás. Era a última excursão da turma do prézinho antes de irmos para o primeiro ano. Era a minha última chance. Era eu fugindo para debaixo das arquibancadas, não entendendo a dor a de barriga e a vontade de fazer xixi sem ter comido ou bebido nada. Era eu puxando a saia dela fazendo sinal para que viesse me encontrar. Era eu abrindo a mochila falando do presente de final de final de ano que estava ali dentro. Era eu tirando latas de refrigerantes, sanduíches de queijo e presunto, e pedindo para ela segurar tudo. Era eu quase tirando o coração… aproveitei que ela estava com as mãos ocupadas e mandei ela fechar os olhos e abrir a boca, mas só um pouquinho, coisa pequena, doce que nem bala. Era eu lascando uma bitoca tão rápida quanto as minhas canelas ensebadas.

001

. 1996 / A gente era bem amigo. Conversava todo dia na escola e vez ou outra rolava uma indiretinha. Num certo dia eu cheguei atrasado e ela estava do outro lado do portão. Ela chegou perto e me ofereceu uma bala. Colocou ela entre os dentes e encostou a cara na grade. Nossos lábios encostaram muito rápido. Dias depois, na hora da saída, ela me deu um negócio que eu não sabia o que era. Vinha numa embalagem verde, parecia uma camisinha. Mas eu comecei a mexer e acabei quebrando o que tinha dentro, um chocolate de menta: “ai, a gente não vai conseguir dividir esse“. No dia seguinte ela apareceu toda bravinha e não querendo papo comigo. Fiquei sem entender. E assim as férias começaram e eu percebi que gostava dela. Peguei a bicicleta e fui até sua casa. Era de noite e ela apareceu com uma camiseta grandona, tipo uma bata. Perguntei porque ela tinha ficado irada, e a resposta veio na hora: “Meu, eu tô cansada de tentar e tentar te beijar e você NADA!!!”

003

. 2006 / Arrisquei uma surpresa, um restaurante hindu que eu havia recém-descoberto. Piada interna, pois as pessoas vez ou outra nos confundem com indianos, por causa das nossas peles escuras, cabelos pretos, olhos grandes e castanhos sob as sobrancelhas grossas, bocas grandes e sorrisos fartos. Ela já conhecia o lugar. Mas soube distribuir as melhores risadas pra compensar meu desapontamento. Saímos dali e ela ofereceu um cigarro, mas eu não fumava. Sentamos numa mesa de bar para tomarmos uma, duas, tantas cervejas. Entre elas, descobrimos que as nossas semelhanças iam além do que apenas enxergávamos. Havia fins de tarde, formas de amar, sonhos, partidas de xadrez… os primeiros pingos começaram a cair, e antes de esboçarmos uma reação, a chuva engrossou. Levantamos devagar e começamos a rir como bobos. Então ela sacou o seu player da bolsa, dividiu o fone de ouvido comigo, e descobri que gostávamos das mesmas músicas. “Dança comigo, agora?



Meio mulherzinha mas quem liga?


Kibado de http://blog.ianblack.com.br